Sposito, T.C. & Santos, F.A.M. 1995. Padrão de ramificação de três espécies de Cecropia (Cecropiaceae) do sudeste do Brasil. Resumos do XLVI Congresso Nacional de Botânica (SBB), p. 159.

Resumo: Cecropia glaziovii Sneth., C. hololeuca Miq. e C. pachystachya Tréc. sáo árvores pioneiras do sudeste do Brasil. Com o objetivo de descrever e comparar os modelos e taxas de ramificação destas espécies, foram visitados seis locais em que estas plantas ocorrem. Para cada árvore, foi feito um esquema do seu modelo de ramificação para a ordenação e contagem dos ramos. Os ramos foram ordenados partindo dos ramos terminais em direção ao tronco principal e, através desta ordenação, foi calculada a “Taxa de ramificação” (Tr). Nas três espécies, a maior parte das plantas apresentou entre cinco e 15 ramos de ordem 1. C. hololeuca e C. pachystachya apresentaram um ou dois indivíduos com mais de 30 ramos. Estas espécies também apresentaram mais indivíduos com ramos de ordem 2 e 3 do que C. glaziovii. Os valores da Tr para C. glaziovii foram significativamente maiores do que nas outras duas espécies (Kruskal-Wallis=47,34, gl=2, n=173). C. hololeuca e C. pachystachya não apresentaram diferenças significativas entre suas Tr. O valor máximo destas espécies foi de 7 e 11, respectivamente, enquanto a maior taxa de C. glaziovii foi de 25. A altura e o diâmetro das árvores estão positivamente correlacionados com a Tr nesta espécie. Nas outras duas, não foi encontrada uma correlação significativa. Apesar de as três espécies apresentarem o mesmo modelo arquitetural, ocorrem variações na copa das árvores, evidenciadas pelas diferenças da Tr. No caso de C. glaziovii e C. hololeuca, estas variações podem influenciar a permanência destas espécies no dossel à medida que ocorre o fechamento das clareiras.