Paula, A. de, Silva, A.F. da, Souza, A.L. de & Santos, F.A.M. 2000. Alterações florísticas ocorridas em 14 anos na vegetação arbórea de uma floresta estacional semidecidual em Viçosa – MG. Resumos do 51º Congresso Nacional de Botânica (SBB), p. 218. Resumo: As atividades antrópicas têm provocado diversas alterações no meio ambiente, particularmente nos sistemas florestais, com o surgimento das florestas secundárias. A utilização irracional desse recurso gerou, com o passar dos anos, um novo panorama no otcante a cobertura florestal, o isolamento de fragmentos florestais. Nesses fragmentos, os processos sucessionais podem passar por uma série de deturpações, desde a interrupção da dispersão zoocórica, devido a redução das populações animais, até a interrupção do fluxo gênico devido ao isolamento das florestas. Devido a essas particularidades, é essencial a compreensão dos processos sucessionais, os quais envolvem a dinâmica dos fragmentos. Este trabalho teve como objetivos identificar e analisar as alterações florísticas ocorridas em um trecho de Floresta Estacional Semidecidual Montana, entre levantamentos realizados nos anos de 1984 e 1998. Foi utilizado o método de parcelas contíguas, cobrindo uma área de um hectare quadrado. Forama amostrados os indivíduos que apresentavam, no mínimo, 15cm de CAP. As espécies que compõem a lista florística foram classificadas em três grupos ecofisiológicos: pioneiras, secundárias iniciais e secundárias tardias. Em 1998 foram amostradas 94 espécies, distribuídas em 77 gêneros e 34 familias botânicas. Das famílias encontradas, 33 pertencem a classe Magnoliopsida e apenas uma, Arecaceae, a Liliopsida, representada por uma única espécie: Attalea dubia Burret. Comparando os levantamentos de 1984 e 1998, observou-se que dez espécies entraram no perfil, sendo cinco secundárias tardias e cinco secundárias iniciais. Das seis espécies que saíram do perfil, cinco são secundárias iniciais e uma, Tovomitopsis saldanhae Engl., é secundária tardia. |