Portela, R.C.Q. & Santos, F.A.M. 2001. Alometria de plântulas arbóreas: altura X copa. Resumos do 52º Congresso Nacional de Botânica (SBB), p. 163.

Resumo: Muitos caracteres morfológicos e de desenvolvimento de diferentes partes de um indivíduo vegetal variam dependendo da arquitetura da espécie e do microambiente e grau de restrição ecológica onde esta iniciou seu crescimento. Dentro deste contexto, este projeto teve como objetivo analisar a relação alométrica, entre o maior eixo de copa e altura, para a comunidade de plântulas e indivíduos jovens de espécies arbóreas de até 1m de altura na Reserva Estadual do Morro Grande (~ 11000ha), situada no Planalto Atlântico de São Paulo (23°35’S-23°50’S; 46°45’W-47°15’W). Foram feitas 6 transecções onde a cada 2,5 metros foi estabelecida uma parcela de 1x1m, totalizando 34 parcelas. Todos os indivíduos encontrados dentro das parcelas tiveram suas alturas e maior eixo da copa medidos, sendo amostrados em cada transecção 100 indivíduos, totalizando uma amostra de 600 indivíduos. Foram ajustados diferentes modelos de regressão aos dados (linear, exponencial, polinomial e logaritmica) sendo o que apresentou melhor ajuste foi o exponencial (r²=0,6404, p<0,001). O fato de jovens de diferentes espécies se ajustarem a um único modelo alométrico sugere que os fatores ecológicos podem ter um importante papel na alometria das plântulas e jovens, principalmente por todas estarem sujeitas às mesmas condições ambientais. Por outro lado, o valor de r² indica variação possivelmente relacionada às características genéticas das diferentes espécies de plantas, sugerindo variações alométricas entre espécies.