Portela, R.C.Q. & Santos, F.A.M. 2001. Estabelecimento de plântulas de espécies arbóreas em fragmentos florestais de diferentes tamanhos no planalto atlântico paulista. Resumos do V Congresso de Ecologia do Brasil, p. 328.

Resumo: Este estudo teve como objetivo comparar os danos físicos causados por vertebrados e serapilheira (dividida em 4 frações: folha, galho, material reprodutivo e galho com epífita), em indivíduos vegetais arbóreos pequenos (<100 cm de altura) localizados na borda e interior de 3 fragmentos de floresta (10 – 30 ha) e de uma área contínua (11000 ha - área controle com 3 réplicas), Cotia, SP. Foram utilizados indivíduos artificiais (canudos de plástico e arame) que foram acompanhados em 2 intervalos de tempo (3 meses) desde setembro de 2000. Plântulas naturais foram acompanhadas para verificar a mortalidade e comparar os resultados com os danos das artificiais. Foi feita ainda uma estimativa da queda de serapilheira nos mesmos intervalos de tempo e as análises foram feitas considerando apenas as frações folhas e galhos. Os danos causados por folha, galho, danos não identificados e plântulas desaparecidas somaram 99,7% dos danos, sendo estes os analisados. Os dados foram analisados por boxplots utilizando as medianas. Os tipos de danos e a mortalidade não diferiram entre as áreas, entre áreas de borda e interior e entre as duas coletas de dados (dezembro/2000 e março/2001). A produção de galhos foi maior no período de dezembro/2000 a março/2001 e a de folhas foi maior no período de setembro a dezembro/2000. Os danos físicos e a mortalidade parecem não estarem relacionados à produção de serapilheira, mas podem estar relacionados com o acúmulo de serapilheira, dadas diferenças na velocidade de decomposição e com diferenças de microhabitat, tais como: composição específica da vegetação e/ou grau de abertura do dossel.