SUBPROJETOS
1.
INSETOS DE CAPÍTULOS DE ASTERACEAE EM
CERRADO:
CORRELAÇÕES COM SOLO, CLIMA e
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Responsáveis:
- Dr.
Thomas M. Lewinsohn
- Dr.
Paulo Inácio de Knegt López de
Prado
Objetivo
Este
trabalho visa compreender a variação
espacial da composição, abundância e
riqueza de espécies de Asteraceae e dos
endófagos associados, e a variação
espacial das interações entre plantas e
insetos, em áreas de Cerrado do Estado
de São Paulo.
Em uma
escala geográfica, diferentes áreas de
cerrado irão diferir quanto a
composição das plantas hospedeiras,
composição dos insetos endófagos e
quanto as associações entre plantas e
insetos. Este trabalho pretende testar o
quanto esta variação biótica pode ser
explicada por variações geográficas
das condições abióticas.
Este
estudo investiga duas escalas
geográficas:
- escala
local -- cerrado sensu strictu
e cerradão
- escala
regional -- diferentes
localidades.
Hipóteses
de trabalho
Dentro de
uma localidade de estudo, as variações
abióticas existentes entre habitats
(campo sujo, cerrado s.s. e cerradão)
vão se refletir na composição
específica das Asteraceae, e em suas
estratégias ecológicas.
Dentro de
uma localidade de estudo, a ocorrência
das espécies generalistas de endófagos
não vai variar com variações de
habitat, enquanto que a ocorrência das
espécies especialistas vai variar entre
habitats.
Diferentes
localidades irão apresentar diferentes
composições específicas de Asteraceae,
sendo que localidades geograficamente
próximas ou que apresentem condições
abióticas semelhantes tenderão a
apresentar uma maior similaridade.
Diferentes
localidades irão apresentar diferentes
composições específicas dos endófagos
associados, sendo que localidades
geograficamente próximas, com
composição similar de Asteraceae, ou
que apresentem condições abióticas
semelhantes tenderão a apresentar uma
maior similaridade.
Desenho
Experimental
Oito
localidades do estado de São Paulo foram
selecionadas para estudo, dentre as
áreas tidas como melhor preservadas no
estado. Em cada localidade amostrou-se
dois habitats: (i) cerrado sensu strictu
e (ii) cerradão. As localidades foram
realizadas em um período intensivo de 6
semanas, para amostrar as Compostas em
mesma fase fenológica.
2.
BIOGEOGRAFIA DE INTERAÇÕES ENTRE
HERBÍVOROS ENDÓFAGOS DE CAPÍTULOS DE
ASTERACEAE NA SERRA DA MANTIQUEIRA
Responsável
Adriana
Monteiro de Almeida
Resumo
do Plano
Este
estudo, em andamento, pretende investigar
a organização da comunidade endófagos
associados a Asteraceae em campos
rupestres da Serra da Mantiqueira, em
diferentes escalas geográficas e
temporais. As áreas de coleta incluem
cinco localidades na Serra da
Mantiqueira, sendo que apenas a região
de Campos do Jordão e São Bento do
Sapucaí se encontram no estado de São
Paulo. Serão investigados processos
locais e suas interações na
organização da comunidade como um todo,
criando um perfil das interações em
comunidades locais, que serão comparadas
entre si para a obtenção de padrões
regionais.
Ao longo
de 1998 e 1999, foram coletadas 828
exsicatas de 161 espécies e
morfoespécies de Asteraceae, sendo 68
morfoespécies de Eupatorieae, 20 de
Vernonieae e 73 de outras tribos. No
total, 570 (68,8% do total de exsicatas)
amostras de capítulos foram coletadas
para obtenção de adultos. Em apenas 159
(31,4%) amostras de espécies de
Eupatorieae coletadas houve emergência
de tefritídeos endófagos, separados em
26 espécies e morfoespécies.
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