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Apresentação Desde sua criação, o Instituto de Biologia da Unicamp vem demonstrando claramente uma vocação voltada a atividades de produção e de transmissão de conhecimento novo nas áreas básicas da Biologia. O que torna a Biologia única, como ciência, e conforme ressaltado em recente obra de E. Mayr (2004), é o fato de suas fronteiras não terem limites e porque no seu campo sempre haverá muito de relevante a ser descoberto. A produção acadêmica do Instituto de Biologia pode ser identificada em termos de artigos publicados principalmente em periódicos científicos de expressão internacional e nacional, produção de livros e/ou capítulos de livros, CD-ROMs e vídeos. A produção tecnológica tem sua expressão nos pedidos e concessões de patentes e/ou privilégios. O conhecimento produzido nas pesquisas e teses beneficia a comunidade interna, na medida em que é transferido imediatamente aos alunos, em seus Cursos de Graduação e de Pós-Graduação e em disciplinas de Extensão. Na indissociabilidade entre pesquisa e ensino, o conhecimento gerado na pesquisa traz um diferencial de qualidade para o ensino. A divulgação dos resultados das pesquisas em periódicos qualificados permite a sua transferência para a comunidade acadêmica nacional e internacional. As inovações do conhecimento e em tecnologia favorecem a sociedade, na medida em que são incorporadas em áreas diversas, como as da agricultura, da produção de fármacos, da medicina, da bioinformática, da preservação ambiental, e muitas outras. Igualmente são beneficiados pela produção acadêmica e tecnológica da Unidade os ensinos médio e fundamental, pois a produção e a divulgação do conhecimento novo potencializam a formação de profissionais competentes para neles atuarem. O relato aqui apresentado dá, pois, visibilidade da alta produtividade em conhecimento novo apresentado pelo Instituto de Biologia da Unicamp à comunidade acadêmica, a bibliotecas e à Sociedade que financia uma Universidade pública e gratuita de alta relevância, como a Unicamp. O volume 7 dos Abstracta/IB relata a produção científica do Instituto de Biologia da Unicamp no que se refere ao ano de 2004, resgatando-se também alguns dados de anos anteriores, a título comparativo. Como nos anos que se antecederam, o mesmo relato se acha incorporado à Homepage do Instituto de Biologia da Unicamp (http://www.ib.unicamp.br). Ficam registrados agradecimentos a todos que cooperaram para com esta realização, em especial àqueles que vêm colaborando para com a fidelidade das informações
Campinas, agosto de 2005. Profa. Dra. Maria Luiza S. Mello, Organizadora Instituto de Biologia, UNICAMP
A Produção Acadêmica do Instituto de Biologia no período de 1998-2004
No período de 1998-2004 ocorreu um sensível aumento na publicação de artigos científicos e de depósito de patentes e/ou de pedidos de privilégios pelo Instituto de Biologia (Tabela 1). O aumento na produção de artigos científicos pelo Instituto de Biologia da Unicamp seguiu a tendência no nível nacional, como bem detectada pela Academia Brasileira de Ciências, em 2002, e também destacada em nota publicada na Science, em novembro de 2004. Nessa nota há registro de um aumento em 200% na publicação de artigos na América Latina entre 1998 e 2001 e relato de que também os maiores ganhos em produtividade ocorreram para os cientistas brasileiros, quadruplicando a soma da produção da Argentina, do Chile e do México. A elevação na produtividade acadêmica do Instituto de Biologia ocorreu ao mesmo tempo em que se registrou declínio no número total de docentes da Unidade (soma das Partes Permanente, Suplementar e Temporária do Quadro da Unidade) (Tabela 2). Isto, embora na Unicamp, a partir de 1998, alguns docentes aposentados tenham se aliado como professores colaboradores voluntários nas atividades de produção acadêmica (Tabela 2). O decréscimo no número do corpo docente foi também acompanhado pelo aumento em excelência dos docentes e de seus respectivos projetos de pesquisa em 2003, condizente ao perfil requerido à atribuição de Bolsas de Produtividade em Pesquisa outorgadas pelo CNPq (Tabela 3). Quanto à produção de teses de Mestrado e de Doutorado pelos Programas de Pós-Graduação do Instituto de Biologia, verificou-se que de 1994 a 2004 o número global de teses defendidas quase duplicou (1,72 x). O número de teses de Doutorado, que em 1994 era metade do número de teses de Mestrado, praticamente se igualou a este em 2004 (Tabela 1). O número de Doutorados defendidos aumentou no período de 1994 a 2004, embora o número de Mestrados e do total de teses defendidas tenha crescido até o ano de 2002 e estacionado desde então (Tabela 1). O número de teses defendidas não acompanhou o sensível incremento na produção de artigos científicos no período de 2002 a 2004 (Tabela 1). Como nos últimos anos a pressão gerada pelos órgãos avaliadores da Pós-Graduação no país e pelos órgãos outorgantes de Bolsas de Mestrado, Doutorado e outras, vem incentivando a conversão de teses em publicações, depreende-se que tenha ocorrido nesse período a geração de mais de um artigo por tese defendida. Beneficiou-se também o Instituto de Biologia da atividade de Pós-Doutorandos e Jovens Pesquisadores, especialmente sob o financiamento da Fapesp. Em 2003 havia 26 deles atuando em Pesquisa em 8 dos 11 Departamentos e no Museu de História Natural do Instituto de Biologia.
Tabela 1. Produção Científica do Instituto de Biologia, Unicamp: freqüência anual
Dados de 1994 e 1995, Anuários de Pesquisa 1994 e 1995, Unicamp; * Dados da CPG/IB
Tabela 2. Número de Docentes do Instituto de Biologia/Unicamp
*Anuários de Pesquisa 1994 e 1995/Unicamp; DGRH/Unicamp
Tabela 3. Freqüência de Bolsistas de Produtividade Acadêmica (CNPq) do IB/Unicamp
*Avaliação Institucional da Unicamp, 1994; **Avaliação Interna do IB, 2005
Gráfico 1. Evolução do corpo docente do Instituto de Biologia/Unicamp ( ) e de seus artigos publicados (– – –) no período de 1994 a 2004. Gráfico 2. Evolução da média de artigos publicados pelo total de docentes ( — ) e da média de artigos publicados pelo total de docentes-autores ( – – – ) .
No período de 1994 a 2004 houve crescimento no índice de médias de artigos publicados por docente da Unidade (Tabela 4, Gráfico 1). Constata-se também um maior envolvimento (entenda-se maior freqüência) de docentes na publicação de artigos, analisando-se o período de 2002 a 2004 (Tabelas 5-7). A média de artigos publicados por docente-autor revelou valores muito mais elevados do que a média de artigos por docente da Unidade; além disso, é nítido o aumento nesse índice, no período de 2002 a 2004 (Tabela 8, Gráfico 2). Tabela 4. Média de Publicações por Docente do Instituto de Biologia da Unicamp
*Anuários de Pesquisa 1994 e 1995, Unicamp. Considerado o Corpo Docente total no ano, incluindo-se Professores Colaboradores Voluntários; excluída do cálculo a Produção e autoria unicamente de não-docentes. Os índices de 2004 poderão ainda ser alterados em função de dados complementares a serem informados durante 2005.
Tabela 5. Autoria/Co-autoria de artigos publicados por docentes do Instituto de Biologia/Unicamp em 2002-2004
Tabela 6. Autoria/Co-autoria de artigos aceitos para publicação por docentes do Instituto de Biologia/Unicamp em 2002-2004
A adequação dos meios mais utilizados para a divulgação das atividades de pesquisa pelo Instituto de Biologia Periódicos de expressão nas mais variadas áreas da Biologia em que se inserem as produções específicas têm sido escolhidos para a publicação dos artigos científicos pelo Instituto de Biologia. No período de 1998 a 2004 os periódicos para os quais o IB mais contribuiu com artigos constam do “ranking” do Journal of Citation Reports e/ou Qualis (Tabela 8). Como indicadores da produtividade acadêmica do Instituto de Biologia podem ser considerados não apenas os critérios numéricos (quantitativos) de seus produtos, incluindo-se aí o número de tese de Mestrado e de Doutorado de seus Programas de Pós-Graduação (Tabela 1), mas também a evolução da inserção dos artigos publicados pela Unidade em periódicos com maiores exigências de aceite (Tabela 9). Deve-se lembrar que a consideração do número de artigos publicados aparece como um parâmetro utilizado em diversos estudos nacionais e internacionais que avaliam a produção de conhecimento novo no mundo, as políticas de investimento em pesquisa e o cenário político no amplo sentido, tendo merecido especial realce o aumento nos últimos anos na produção de artigos por autores brasileiros no contexto mundial (Science, 2004). O aumento em 2004, em relação a 2003, na produção de artigos em periódicos não incluídos na listagem do Journal of Citation Reports foi sensivelmente afetado pela alocação de artigos em periódicos brasileiros recém-criados, como o Biota neotropica, ou aqueles que buscam inserção no sistema ScieLo e no ISI, adequando-se às suas exigências rígidas, como o Brazilian Journal of morphological Sciences. Na escolha dos docentes do Instituto de Biologia para a publicação de seus artigos, este último passou do 20o. lugar em 2003 para o 8o. lugar em 2004. No entanto, manteve-se em 2004 o aumento na produção de artigos em periódicos com índice de impacto no intervalo 1,0 a > 10,0 (Tabela 9). Saliente-se também a ocorrência de publicações importantes para o cenário nacional e internacional em áreas diversas do conhecimento biológico em periódicos da maior expressividade, medida por um elevado índice de impacto (Tabelas 10 e 11). Há que se ponderar, por outro lado, que para determinadas áreas do conhecimento, importantes achados e conclusões podem parecer menos destacados, se for considerado apenas o fator de impacto do periódico em que apareçam publicados, especialmente se os periódicos dessa área não forem tradicionalmente detentores dos mais elevados índices de impacto na área biológica. Tabela 8. Periódicos nos quais o Instituto de Biologia mais publicou artigos no período 1998-2004
Tabela 9. Freqüência de valores do fator de impacto (IF) dos periódicos nos quais foram publicados artigos pelo Instituto de Biologia da Unicamp
Valores baseados em “ranking” do Journal of Citation Reports; FA, freqüência absoluta; FR, freqüência relativa (%) Abstracta/IB
Tabela 10. Periódicos com elevado índice de impacto (IF), por ordem decrescente desse fator, nos quais o Instituto de Biologia teve publicações no período 1998-2004
Abstracta/IB
Tabela 11. Cinco artigos publicados pelo IB em periódicos com fator de impacto mais elevado em 2004
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