CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
INSTITUTO DE BIOLOGIA
UNICAMP

BT-682: Ecologia Vegetal
(Disciplina eletiva do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, modalidade Ambiental)

2º Semestre de 2000

PROGRAMA DA DISCIPLINA
T: 01; P: 04 , L: 03; HS: 08; CH: 120; C: 08

 

ECOLOGIA DO INDIVÍDUO: Estratégias de sobrevivência (escape, evitação, tolerância) em plantas das principais formações vegetacionais do Brasil.

ECOLOGIA DE POPULAÇÕES: Estrutura de tamanho, padrão espacial e morfometria.

ECOLOGIA DA COMUNIDADE: Formas de vida e espectro biológico, arquitetura e heterogeneidade espacial, estrutura de abundância, diversidade.

OBSERVAÇÕES:
A disciplina é desenvolvida com base na execução de projetos de pesquisa, depois de apresentados e discutidos com os alunos. A única parte da disciplina ministrada sob a forma de aulas teóricas é a referente à ecologia do indivíduo. São propostos três (3) projetos de pesquisa: 1) formas de vida e espectro biológico de Raunkiaer, 2) estrutura de populações e 3) organização de uma comunidade de arbustos e árvores. Cada projeto baseia-se em textos de apoio, escritos pelos professores e distribuídos aos alunos. Os dados são coletados no campo no início da disciplina e, no restante do tempo, são analisados e discutidos em laboratório (de informática), tendo por base os conceitos fundamentais, relativos a populações e comunidades. Nesse processo, os próprios alunos vão colocando as questões e propondo maneiras de intepretar as análises. Dessa forma, os conceitos fundamentais são abordados a partir de situações práticas, concretas, possibilitando que o aluno desenvolva uma base tanto teórica quanto prática e seja capaz de planejar a coleta de dados, analisá-los e interpretá-los. Sendo uma eletiva do curso de bacharelado, a disciplina enfatiza a pesquisa e estimula os alunos a desenvolver suas habilidades de redação científica. A avaliação da disciplina baseia-se em: 1) duas provas escritas, tendo por base as aulas teóricas de ecologia do indivíduo e os textos; e 2) relatórios escritos a partir dos dados coletados nos projetos. Os relatórios são escritos sob a forma de artigos científicos, a partir de temas relacionados às práticas e escolhidos pelos alunos. A primeira versão dos “artigos científicos” é analisada pelos professores, que atuam como os assessores científicos de um periódico científico especializado. O texto com os comentários dos “assessores” é entregue e discutido com os alunos, que, a partir desses comentários, modificam o trabalho e o enviam aos “assessores” para nova análise. A nota final de cada “artigo científico” é baseada nessa segunda versão. Durante a disciplina, dependendo do andamento das análises dos dados e dos problemas colocados pelos alunos, são abordados os assuntos que suscitam dificuldades nos alunos, tanto relativos aos conceitos de Ecologia quanto aos métodos de análise numérica.

BIBLIOGRAFIA
A bibliografia usada na disciplina baseia-se principalmente em artigos publicados em periódicos especializados, portanto sendo diferente a cada ano. Como fonte de conceitos fundamentais e base de consulta a assuntos específicos, são indicados os seguintes livros:

BARBOUR, M.G.; BURK, J.H. & PITTS, W.D. 1987. Terrestrial plant ecology. 2nd. Ed. Menlo Park: Benjamin/Cummings.

BEGON, M.; HAPRES, J.L. & TOWNSEND, C.R. 1996. Ecology. Individuals, populations and communities. 3rd ed. Oxford: Blackwell.

CRAWLEY, M.J. (ed.) 1997. Plant ecology. 2nd. Ed. Oxford: Blackwell.

LUDWIG, J.A. & REYNOLDS, J.F. 1988. Statistical ecology. A primer on methods and computing. New York: Wiley.

LÜTTGE, U. 1997. Physiological ecology of tropical plants. Berlin: Springer-Verlag.

MAGURRAN, A.E. 1988. Ecological diversity and its measurement. New Jersey: Princeton University Press.

RICKLEFS, R.E. 1996. A economia da natureza. 3a. ed. Rio de Janeiro: Guanabar Koogan.

RIZZINI, C.T. 1997. Tratado de fitogeografia do Brasil. Aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. 2a. ed. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural.

 

Volta