A família das Asteraceae
(ou Compositae) tem cerca de 22.000
espécies descritas, ocorrendo em todo o
planeta. É a maior família de plantas
superiores. No Brasil, é também a
família mais numerosa, contando cerca de
1.900 espécies registradas. Presume-se
que o número real de espécies possa
atingir 2.500.
Existem espécies de todos
os hábitos, desde plantas herbáceas de
poucos centímetros de altura, com ou sem
roseta, até trepadeiras ou árvores com
mais de 20 metros. A maioria das
espécies, no entanto, é de hábito
herbáceo ou arbustivo. Muitas espécies
tem valor ornamental e são cultivadas
extensamente.
As tribos de Asteraceae mais
importantes no Brasil são Vernonieae,
Eupatorieae, Heliantheae, Astereae,
Mutisieae e Senecioneae;
há outras, menores, como Plucheae e
Gnaphalieae. Tribos tipicamente
temperadas, como Cardueae, Lactuceae e
Anthemideae, são representadas no Brasil
por poucas espécies, na maioria de
origem exótica.
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Lychnophora passerina,
espécie comum em campos de altitude
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Diptera é
uma das duas ordens mais comuns em
associação com Asteraceae. As espécies
que se desenvolvem nos capítulos
pertencem principalmente a três
famílias: Tephritidae, Agromyzidae
e Cecidomyiidae. Diversas outras
famílias estão representadas
ocasionalmente na endofauna dos
capítulos. Neste projeto, até o
presente Tephritidae e Agromyzidae têm
sido bem investigadas, sendo possível
separá-las com segurança em espécies e
identificá-las. De 20 a 30% das
espécies encontradas até o presente
parecem não ter sido ainda descritas.
A família
Cecidomyiidae oferece dificuldades
maiores. Entretanto, deverá ser foco de
um esforço maior na próxima etapa deste
projeto.
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Xanthaciura
chrysura é uma espécie de
Tephritidae comumente encontrada em
muitas espécies hospedeiras diferentes,
especialmente na tribo Eupatorieae.
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A segunda ordem em
importância na endofauna de capítulos
é Lepidoptera. Há
muitas espécies de microlepidópteros
associadas às Asteraceae, embora ocorram
em menor número e freqüência que os
Dípteros. as principais famílias, pela
ordem de número de espécies, são Tortricidae,
Pterophoridae e Gelechiidae.
Tortricidae
(especialmente a tribo Cochylini, a mais
importante) e Pterophoridae estão
bastante avançadas quanto à
identificação de espécies.
Outra
família, Pyralidae, embora
representada por poucas espécies da
subfamília Phycitinae, é muito
importante pela sua ocorrência frequente
em grande número de espécies de
Asteraceae.
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Saphenista naufraga,
uma das espécies mais comuns de
Tortricidae em diversos grupos de
Asteraceae
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